Documentário dirigido por Marco Alteberg e Tainá de Luccas ganha a tela, em sessão única, do Cinema da Fundação nesta terça (4)
Cartaz Kopenawa Sonhar a Terra-floresta
O 19º Festival de Circo do Brasil e o XV Janela Internacional de Cinema do Recife realizam uma sessão especial do documentário “Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta”, dirigido por Marco Alteberg e Tainá de Luccas. O filme dá voz a Davi Kopenawa Yanomami, líder indígena e reconhecido defensor da Amazônia. A exibição acontece amanhã, dia 4 de novembro, às 20h, na Sala Derby do Cinema da Fundação, e marca a primeira vez que o público recifense poderá assistir à obra em tela de cinema. A diretora Tainá estará presente e conduzirá um bate-papo com o público após a sessão.
A produção reúne uma rica coleção de imagens de arquivo que retratam diferentes momentos da vida de Kopenawa e do povo Yanomami — sua história, as intensas transformações vividas e os desafios enfrentados ao longo das últimas décadas. A trajetória de Davi, um sobrevivente cuja voz ecoa para além da floresta, transformou-se em um movimento global de ativismo pela vida e pela terra, apoiado por nomes como a fotógrafa Claudia Andujar, o antropólogo Bruce Albert e o líder indígena Ailton Krenak, todos presentes no filme.
Cartaz Kopenawa Sonhar a Terra-floresta - Foto: Divulgação
O documentário conta ainda com depoimentos de Morzaniel Ɨramari Yanomami, Gilberto Gil, José Celso Martinez Corrêa, Carlo Zacchini, Hanna Limulja, Camila Pitanga, entre outros.
Como xamã e guardião dos saberes ancestrais de seu povo, Davi Kopenawa compartilha em “Sonhar a Terra-Floresta” uma visão profunda sobre a relação entre humanidade e natureza, as transformações impostas pelo “povo da mercadoria”, a crise climática e os caminhos possíveis para o futuro da Terra.
A exibição do documentário é resultado da curadoria da 19ª edição do Festival de Circo do Brasil, que tem como eixo curatorial “Aldeia de Tous” (Aldeia de Todos), traz os temas sustentabilidade e democracia para o picadeiro. O termo combina português e francês: “Aldeia” refere-se às localidades dos povos originários no Brasil, e “tous” significa “de todos”.
“Inspirados nos pensamentos do escritor e filósofo Ailton Krenak, e em sua convocação para repensar nossa relação com o mundo contemporâneo, nossa ideia é promover um encontro entre arte, sustentabilidade e diversidade”, destaca a curadora e idealizadora do festival, Danielle Hoover. Segundo ela, termas urgentes da contemporaneidade serão apresentados de forma transdisciplinar com outras linguagens artísticas.
Festival de Circo do Brasil - Depois de uma passagem consagradora pela França, o Festival de Circo do Brasil (FCB) se prepara para sua etapa nacional, que transforma o Recife na capital das artes circenses de 1º a 9 de novembro. Em sua 19ª edição, o evento integra o Ano Brasil–França, promovendo um projeto de cooperação cultural e intercâmbio artístico com a La Grainerie – Fabrique des Arts du Cirque et de l’Itinérance.
O público pernambucano poderá conferir espetáculos nacionais e internacionais, vivências circenses, laboratórios artísticos, intercâmbios culturais, feira de economia criativa, exibição de filmes e apresentações musicais e de cultura popular, reafirmando o festival como um dos principais encontros de artes circenses da América Latina. A programação ocupará teatros de Santa Isabel, Parque, Apolo e Hermilo Borba Filho, além de itinerar por vários espaços abertos do Grande Recife.
Com produção da Luni Produções e da La Grainerie, o FCB conta com patrocínio do Banco do Nordeste, através da Lei de Incentivo à Cultura, uma realização do Ministério da Cultura e Governo Federal.


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