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Trump diz que Lula pode ligar para ele

Em meio a tensões comerciais, a Casa Branca abre as portas para um diálogo direto com o Palácio do Planalto.

Imagem ilustrativa criada de IA

Por John Lima

Em um cenário de crescentes tensões comerciais entre Estados Unidos e Brasil, uma declaração de Donald Trump reacendeu a possibilidade de um diálogo direto. O presidente americano afirmou, nesta sexta-feira (1º), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ligar para ele "a qualquer momento" para discutir as tarifas e outros pontos de atrito entre os dois países.

A fala de Trump, feita a jornalistas no jardim da Casa Branca, veio acompanhada de um tom que mescla abertura e crítica. "Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, eu amo o povo brasileiro", disse Trump, que, em seguida, disparou: "as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada".

Essa declaração ocorre logo após a oficialização das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, implementadas na terça-feira (30). A justificativa do governo americano para a medida foi uma "emergência nacional" decorrente de políticas e ações "incomuns" e "extraordinárias" do Brasil.

Embora cerca de 44,6% das exportações brasileiras tenham sido isentas do "tarifaço", segundo cálculos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a imposição das taxas gerou forte reação e preocupação no Brasil e entre setores empresariais americanos. Produtos como aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro, por exemplo, continuam com a tarifa de 10% anunciada em abril.

A postura de Trump, que já havia assinado uma ordem executiva impondo tarifas que variam de 10% a 41% a diversos países, sinaliza uma estratégia de pressão, mas também de negociação. O decreto prevê a possibilidade de redução dessas tarifas, a depender de acordos comerciais.

O convite para um diálogo direto, mesmo em meio a um contexto de atrito, pode ser um indicativo de que a Casa Branca busca uma solução para as divergências comerciais. A bola, agora, está com o Palácio do Planalto. A decisão de Lula de aceitar ou não a "linha direta" com Trump pode moldar os próximos capítulos das relações entre as duas maiores economias das Américas.

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