Psicólogo e oftalmologista dão dicas para pais e filhos no mês de julho
Foto: Divulgação
Descanso físico e mental, mas sem telas! Em julho, mês de férias escolares, os pais têm um desafio: colocar os filhos para brincar, de forma saudável, com aprendizados e sem telas. Um psicólogo e uma oftalmologista dão dicas para os dias sem aulas.
O gestor pedagógico do Colégio Salesiano Recife e psicólogo, Luiz Ventura, destaca a importância das férias para reorganização completa da atividade cognitiva e social das crianças e adolescentes, sendo ideal passar o mínimo possível de tempo nas telas. “Ao passar muito tempo em telas, as crianças e os adolescentes não estimulam várias partes do cérebro, podendo perder a vontade do contato social, a capacidade tomar decisões assertivas, além de desenvolverem déficit de atenção, distúrbios de aprendizado, dificuldade em regular as próprias emoções, entre outros”, afirma.
“Dentre os benefícios de uma vida sem telas, podemos destacar a melhoria da saúde mental, redução do estresse e da ansiedade, o aumento da criatividade e da imaginação, além da melhoria das relações, pois passar tempo com a família e amigos pode fortalecer o vínculo e criar memórias duradouras”, complementa o especialista em aprendizagem e desenvolvimento.
ATIVIDADES
Por esses e outros motivos é importante estimular atividades para que a criança possa canalizar suas energias e estimular a criatividade. O profissional elencou algumas dicas a serem vivenciadas nesse período, como definir limites para o uso de telas e reservar tempo para atividades mais saudáveis.
Leitura, pintura, desenho, esportes, atividades físicas e ao ar livre e jogos (dominó, memória, amarelinha, telefone sem fio, bola e quebra-cabeça) são alternativas interessantes. “Outra opção é também criar um ambiente saudável em casa, junto com a família, promovendo a interação e a comunicação com jogos, visita aos avós, cozinhar juntos, assistir um filme com pipoca e muita alegria, conversando sobre o conteúdo do filme”,sugere Luiz.
ATENÇÃO AOS OLHOS
Nem sempre é possível evitar as telas, por isso, é preciso ter cuidado com a saúde dos olhos. Sobre esse tema, a oftalmologista Kátia Dantas, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, deu algumas dicas para que o impacto seja diminuído.
“A distância ideal do pequeno para a televisão é de, pelo menos, um metro e meio. Mas é preciso que não fique tão focado, que interaja com brinquedos no entorno dela ou com os pais. Têm de ser evitadas a alimentação em frente às telas, pois as crianças não conseguem perceber o sabor da comida e ingerem uma quantidade de alimento acima do que precisam”, destacou Dantas, do IOFV.
Com os pais mais próximos dos filhos nessa época, alguns sinais podem ser notados. “Apertar os olhos para visualizar objetos de distância maior, ficar atento às tarefas de pontilhado, se cobrem corretamente em cima da linha. Verificar na leitura se está pulando linha, se os olhos ficam vermelhos. E o celular, não deixar passar de uma hora com crianças a partir de 4 anos; não permitir além de 2h com as crianças de 6, 7 anos; e não mais de 3h para a partir dos 11 anos. Isso, claro, sempre com pausas a cada meia hora”, disse a médica do IOFV.
A oftalmologista recomenda que, nos casos de crianças acima dos dois anos, é necessário uma avaliação anual para detectar possíveis problemas que não são possíveis perceber no dia a dia.
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