Com apoio do Governo de Pernambuco, cidade aposta na recuperação das praias para conter erosão, proteger moradias e impulsionar o turismo e a economia local
Foto: Reprodução
Por John Lima
Não é só areia que Paulista pretende trazer de volta às suas praias. É autoestima, é segurança, é desenvolvimento. O anúncio do programa de engorda da orla, com apoio do Governo de Pernambuco, marca o início de uma virada que a cidade do litoral norte tanto esperava — e precisava.
A erosão marinha já levou muito. Avançou sobre calçamentos, ameaçou casas, afastou turistas. Mas agora, a promessa é de que o mar devolva, com a ajuda da engenharia costeira e do poder público, aquilo que o tempo e o abandono insistiram em tomar.
A chamada “engorda da orla” é mais do que um nome técnico para despejar areia e alargar artificialmente a faixa de praia. É um gesto concreto de resgate territorial e social. Ao proteger edificações, alavancar o turismo e gerar empregos, a obra tem o potencial de reordenar o futuro de Paulista — um município que carrega em seu litoral não apenas belezas naturais, mas também memórias e sonhos de milhares de famílias.
Muito além da areia
Trata-se de um projeto estruturador. E não só pelas escavadeiras ou tubulações que irão surgir em breve, mas pelo simbolismo de uma gestão pública que olha para o litoral como ativo estratégico. Não se trata apenas de estética, mas de proteção e requalificação urbana.
A engorda da orla promete ampliar a faixa de areia e mitigar os impactos do avanço do mar — um desafio global que aqui se encontra com a urgência local. Nas entrelinhas, o que se vê é a possibilidade de uma Paulista mais viva, mais atrativa, mais segura.
Turismo e investimento como horizonte
Com praias recuperadas, a roda da economia tende a girar mais forte. São pousadas que voltam a ter ocupação, restaurantes que ganham movimento, ambulantes que retornam com dignidade ao trabalho. É o lazer da população sendo valorizado, a cultura litorânea sendo preservada.
A orla repaginada não atrai só banhistas, mas também investidores. Infraestrutura costeira é, hoje, sinônimo de desenvolvimento. E quando o investimento público dá o primeiro passo, o setor privado costuma responder.
Esperança à vista
Os estudos técnicos e as licitações já estão em curso, com a expectativa de que as obras comecem ainda este ano. Paulista quer — e merece — voltar a figurar como destino turístico de peso na Região Metropolitana do Recife. E essa virada, ao que tudo indica, virá pela areia.
Para muitos, será apenas um projeto de engenharia. Para quem vive em Paulista, será um novo capítulo.
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